MARIO XBOX 360
Quando foi anunciado na E3 de 2010, Paper Mario: Sticker Star me deixou eufórico. De todos os títulos mostrados durante aquela parruda apresentação da Nintendo, foi ele quem, sem dúvida, conquistou meu coração. Mas por quê, já que o último jogo da série, Super Paper Mario, de Wii, foi uma grande decepção? Porque as raízes de RPG que consagraram a série nas suas duas primeiras e primorosas versões – Paper Mario para N64 e Paper Mario: The Thousand-Year Door, para GCN – pareciam ter voltado. Pois é, pareciam.
Sabe quando você espera por uma comédia mas acaba recebendo um suspense? Foi mais ou menos o que aconteceu comigo ao entrar de cabeça no mundo charmoso e encantador de Sticker Star. Tudo parecia lindo: os diálogos engraçadíssimos estavam lá, Bowser estava lá sequestrando a Peach e todos os personagens continuavam sendo de papel, no melhor estilo Um Jammer Lammy (desculpe, Parappa). Mas, pouco a pouco, fui descobrindo que toda a parte de RPG, elemento fundamental dos dois primeiros jogos da série, foi tão abrandada que se tornou praticamente nula e que em seu lugar foi incorporado um esquema de quebra-cabeças remetendo bastante àqueles point 'n clicks de antigamente.
Depois da superação de não ter em mãos aquilo que almejava, tentei curtir o jogo por aquilo que se mostrava ser, mas mesmo assim houveram decepções dentro de alguns de seus sistemas que funcionam bem como unidade mas que, no todo, ficam muito aquém dos grandes momentos da série.
Difícil encontrar alguém que não curta algum jogo do Mario. O cara se tornou tão versátil nos estilos que se propõe a encarar que é bem aquilo lá que a Nintendo tanto tenta vender: para toda família. Como fã de jogos de plataforma, não tenho nada além de amores pelo bigodudo (sei que essa frase ficou estranha), mas, para mim, aquilo que o italiano sabe fazer de melhor (continua estranha) é RPG. Desde sua ingressão no gênero em um dos melhores jogos de SNES (e, a meu ver, o melhor Mario de todos os tempos) Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars, só temos recebido coisa boa. E se você aí nunca jogou nada da franquia Mario & Luigi, saiba que a felicidade plena nunca será alcançada. Acredite.
Por mais que o primeiro Paper Mario tenha mudado drasticamente as linhas e padrões criados pela então Squaresoft em Super Mario RPG, a essência estava lá. Personagens muito bem utilizados, mundos divertidos e diversos, humor de alto nível e nunca apelando para baixarias ou impropérios e um sistema de batalha e de evolução robustos. Tudo o que um fã de RPG pode querer. Sim, houve a mudança drástica na versão de Wii, mas quando Sticker Star foi apresentado pela primeira vez ao público, parecia que as raízes haviam voltado, afinal, vimos Mario enfrentando vários Goombas em uma batalha em turnos! Mas não se engane: mesmo com o início encantador e as batalhas que acabei de citar, Sticker Star não se encaixa em nenhum estilo no qual Mario já fez parte, mas sim em algo novo, que deve ser de certo modo admirado por isso, mas também criticado por suas falhas.
A história não passa das linhas gerais já vistas muitas e muitas vezes nos jogos da franquia, com a diferença de que, desta vez, o sequestro de Bowser se passa durante o Festival dos Adesivos, confraternização muito aguardada no Reino dos Cogumelos todo ano. Durante o evento, todos os Toads das redondezas, Mario e a princesa preferida de todos, Peach (nada de Luigi por aqui. Heresia) se reúnem para fazer um pedido na passagem do Cometa Adesivo. Não conseguindo ficar de fora, o rei dos Koopas dá as caras para acabar com a festa, desejando não só a princesa para si, mas todos os poderes conferidos pelo cometa. Assim, Decalburg, a principal (e única) cidade onde o jogo se desenrola, se transforma em uma verdadeira bagunça, com adesivos mágicos espalhados por todo lugar e terrenos inteiros enrolados no melhor estilo charuto árabe. Daí, evidentemente, cabe a Mario e sua nova parceira, a “adesivinha” recém-chegada a cidadeKersti, darem cabo da situação, recuperando todos os pedaços do cometa espalhados por cinco mundos (Mario é um colecionador incurável desde Super Mario 64) e salvando Peach das garras de Bowser.
Sticker Star tem uma história bem elementar e isso não seria problema não fosse a total ausência de personagens memoráveis trama adentro. Com exceção de Kersti, que é uma adesivinha muito esquentada, mas com um grande coração e tiradas hilárias, não há grandes aparições no roteiro, que se estende a Toads precisando de ajuda aqui e ali. Vilões clássicos dão as caras, como Kamek e Bowser Jr., e, apesar de marcarem presença de forma hilária, o fazem por poucas vezes.
Esqueça as sessenta horas de The Thousand-Year Door, Sticker Star é bem mais modesto (levei vinte e duas horas para conclui-lo), sendo dividido como um jogo de Mario mais convencional, a laSuper Mario Bros. 3, com mundos bem estabelecidos naquele esquema de mapa tão famoso.
Por mais que o primeiro Paper Mario tenha mudado drasticamente as linhas e padrões criados pela então Squaresoft em Super Mario RPG, a essência estava lá. Personagens muito bem utilizados, mundos divertidos e diversos, humor de alto nível e nunca apelando para baixarias ou impropérios e um sistema de batalha e de evolução robustos. Tudo o que um fã de RPG pode querer. Sim, houve a mudança drástica na versão de Wii, mas quando Sticker Star foi apresentado pela primeira vez ao público, parecia que as raízes haviam voltado, afinal, vimos Mario enfrentando vários Goombas em uma batalha em turnos! Mas não se engane: mesmo com o início encantador e as batalhas que acabei de citar, Sticker Star não se encaixa em nenhum estilo no qual Mario já fez parte, mas sim em algo novo, que deve ser de certo modo admirado por isso, mas também criticado por suas falhas.
A história não passa das linhas gerais já vistas muitas e muitas vezes nos jogos da franquia, com a diferença de que, desta vez, o sequestro de Bowser se passa durante o Festival dos Adesivos, confraternização muito aguardada no Reino dos Cogumelos todo ano. Durante o evento, todos os Toads das redondezas, Mario e a princesa preferida de todos, Peach (nada de Luigi por aqui. Heresia) se reúnem para fazer um pedido na passagem do Cometa Adesivo. Não conseguindo ficar de fora, o rei dos Koopas dá as caras para acabar com a festa, desejando não só a princesa para si, mas todos os poderes conferidos pelo cometa. Assim, Decalburg, a principal (e única) cidade onde o jogo se desenrola, se transforma em uma verdadeira bagunça, com adesivos mágicos espalhados por todo lugar e terrenos inteiros enrolados no melhor estilo charuto árabe. Daí, evidentemente, cabe a Mario e sua nova parceira, a “adesivinha” recém-chegada a cidadeKersti, darem cabo da situação, recuperando todos os pedaços do cometa espalhados por cinco mundos (Mario é um colecionador incurável desde Super Mario 64) e salvando Peach das garras de Bowser.
Sticker Star tem uma história bem elementar e isso não seria problema não fosse a total ausência de personagens memoráveis trama adentro. Com exceção de Kersti, que é uma adesivinha muito esquentada, mas com um grande coração e tiradas hilárias, não há grandes aparições no roteiro, que se estende a Toads precisando de ajuda aqui e ali. Vilões clássicos dão as caras, como Kamek e Bowser Jr., e, apesar de marcarem presença de forma hilária, o fazem por poucas vezes.
Esqueça as sessenta horas de The Thousand-Year Door, Sticker Star é bem mais modesto (levei vinte e duas horas para conclui-lo), sendo dividido como um jogo de Mario mais convencional, a laSuper Mario Bros. 3, com mundos bem estabelecidos naquele esquema de mapa tão famoso.
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